quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Eu...





Hoje estou sem nenhum assunto interessante pra escrever, mas faz tanto tempo que não escrevo que estou levando o blog a um ostracismo verdadeiro...
Não é que me falta vontade de escrever, mas de algo que me dê vontade de escrever, então resolvi colocar um texto antigo, mas que por falar muito da minha essência, está sempre atualizado.




Essa é época do ano em que devemos fazer um balanço da nossa vida, contabilizar os acertos, os erros e ver o que se pode, e o que se está disposto, a fazer para tornar esse saldo sempre mais positivo.
Pensando nisso cheguei à conclusão que estou em superávit com a vida. Tristezas todos têm, alegrias também, mas o que importa é saber dar valor a cada momento. E isso eu sei bem. Vivo intensamente e saboreio cada instante da minha vida. Cada sorriso recebido, cada lágrima derramada. Me sinto feliz assim. Sou uma pessoa toda coração. Minha razão tem nanismo e minha emoção gigantismo... mas estou sempre em busca do difícil equilíbrio... um dia eu chego lá.
Amo muito a vida, tento dar o real valor aos momentos ruins, sabendo que são os coadjuvantes da felicidade, às vezes a gente os coloca como atores principal em nossas vidas, nos esquecendo que o objetivo é ser feliz e só isso.
Amo intensamente e sofro na mesma proporção, mas tento não contagiar ninguém com a minha tristeza. Amo fazer amigos e conservar as velhas amizades. Tenho facilidade e adoro me comunicar com as pessoas, dar conforto, estar junto e apoiar aqueles que amo ou que precisem de algo. Faço amigos de infância em qualquer lugar e me sinto privilegiada por aparecerem tantas pessoas especiais na minha vida.
Já passei por várias revoluções internas, que bem ou mal, saí vencedora. Sou um tanto agitada, e, às vezes, falo tanto e tão rápido que falta ar e nem eu entendo! Não raro escuto “ Fabrine, respira...” no meio de uma narração de uma empolgante história.
Amo sentir o cheirinho de bebê e ficar vendo eles dormindo, estar com eles me conforta a alma, me traz paz... Amo crianças. Elas, assim como os idosos, sempre retribuem um sorriso espontâneo.
Amo o curso que fiz, lá apreendi mais que leis e regras, mas também sobre pessoas, valores, e as nem sempre fáceis relações humanas...
Não consigo ficar de mal com alguém, menos que um pedido de desculpa me basta para perdoar, um sorriso já diz muito... o que pode ser confundido com pouco amor próprio. Não vejo problemas em pedir desculpas e tentar reatar uma amizade, isso faz bem pra alma.
Como típica geminiana sou muito agitada, faço mil coisas ao mesmo tempo, não gosto de estar só, mas a solidão é necessária para que façamos viagens internas... vejo que há tantas coisas em mim que desconheço ou esqueci, que me sinto uma turista em mim mesma. Cada vez mais estou aprendendo a ficar só e a apreciar minha preciosa companhia.
Sou totalmente despida de falsos pudores e preconceitos emburrecedores. A hipocrisia me irrita.
Acho que a essência do homem não é muito boa, não creio no mito do “bom selvagem”, mas prefiro pensar que a maioria possui valores elevados e integridade de espírito.
Tenho uma alma poeta, herdada do meu pai. A noite me encanta. Nela tudo fica mais interessante. Sou uma boêmia por essência, sou parceira pra uma cerveja em qualquer boteco e passar horas falando e dando risada. Alíás, risada é o meu forte . Aprendi que o lance da vida é sorrir! O bom humor torna tudo mais fácil. Desarma as pessoas, abre caminhos e ainda nos deixa mais bonita. O sorriso é o meu melhor produto de beleza.
Sou uma pessoa rica! Tenho o amor incondicional da minha família, e meus amigos são meu tesouro, pedras realmente preciosas que, assim como diz a música “With A Little Help From My Friends”, sei que com a ajuda deles supero tudo!
Acho que estou no caminho certo, se é que existe certo ou errado... mas se o “certo” é aquele que leva à felicidade, estou indo bem!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A Arte do Desencontro








Tem um ditado que fala que a vida é arte do encontro, talvez, por haver demasiados desencontros nessa vida...
Creio que o segredo esteja em transformar os desencontros em encontros. Em ver como seu o caminho trilhado por engano e esquecer o que poderia ter sido e não foi. As encruzilhadas são feitas pra testar nossa capacidade de adaptação, pra ver como podemos nos virar com a cota de felicidade que cada um carrega em si. Sim, nascemos com a felicidade em nós, ela não é adquirida com o tempo, com os anos, com a experiência... cada assoprar de velas apenas nos diz que estamos mais capazes de fazer bom uso da alegria que temos em nossa alma. Ela pode ser escassa ou renovável, isso sim, está sob nosso arbítrio.
Resiliência, eis o segredo para desenvolver a arte de “transformar” os desencontros. É a tal capacidade de contornar obstáculos, superar perdas, transformar as adversidades em desafios, “crescer” com as experiências desagradáveis dessa vida. É superar o medo de altura, é reconstruir um coração aos pedaços e ter capacidade de amar tão intensamente de novo, aprender a viver sem alguém que nunca mais voltará, é ter saudade no lugar da tristeza, é assumir suas escolhas, com todos os riscos que ela carrega. É ser a sua própria mártir (no sentido menos cristão e mais ideológico).
Dizem que isso não se adquire, se nasce ou não com ela, mas tenho minhas dúvidas. Não se subestima a capacidade do ser humano...
Resiliência não é apenas superar dificuldades, é fazer isso com maestria. É uma arte? Sem dúvidas. Pra mim, esse é o segredo da felicidade.