terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A Arte do Desencontro








Tem um ditado que fala que a vida é arte do encontro, talvez, por haver demasiados desencontros nessa vida...
Creio que o segredo esteja em transformar os desencontros em encontros. Em ver como seu o caminho trilhado por engano e esquecer o que poderia ter sido e não foi. As encruzilhadas são feitas pra testar nossa capacidade de adaptação, pra ver como podemos nos virar com a cota de felicidade que cada um carrega em si. Sim, nascemos com a felicidade em nós, ela não é adquirida com o tempo, com os anos, com a experiência... cada assoprar de velas apenas nos diz que estamos mais capazes de fazer bom uso da alegria que temos em nossa alma. Ela pode ser escassa ou renovável, isso sim, está sob nosso arbítrio.
Resiliência, eis o segredo para desenvolver a arte de “transformar” os desencontros. É a tal capacidade de contornar obstáculos, superar perdas, transformar as adversidades em desafios, “crescer” com as experiências desagradáveis dessa vida. É superar o medo de altura, é reconstruir um coração aos pedaços e ter capacidade de amar tão intensamente de novo, aprender a viver sem alguém que nunca mais voltará, é ter saudade no lugar da tristeza, é assumir suas escolhas, com todos os riscos que ela carrega. É ser a sua própria mártir (no sentido menos cristão e mais ideológico).
Dizem que isso não se adquire, se nasce ou não com ela, mas tenho minhas dúvidas. Não se subestima a capacidade do ser humano...
Resiliência não é apenas superar dificuldades, é fazer isso com maestria. É uma arte? Sem dúvidas. Pra mim, esse é o segredo da felicidade.

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