quarta-feira, 22 de outubro de 2008

As diferenças que movem o mundo


A diferença entre o veneno e a cura é a dose.
Entre o raso e a essência é o querer ir além.


A diferença entre a primeira e a segunda impressão é o rever.
Entre as almas livres e as outras é a falta de medo do ridículo.


A diferença entre o tentador e o vulgar é a postura.
Entre o pobre e o rico é a medida do que lhe basta.


A diferença entre a risada de alegria e a de desespero é o batimento cardíaco.
Entre o medo e a adrenalina é o suor das mãos.


A diferença entre ver e enxergar é o observar.
Entre a crítica e a ofensa é a intenção.


A diferença entre a criança e o adulto são as dores.
Entre o amor e o ódio é o foco.


Entre a admiração e a inveja é pouca medida de si mesmo.


A diferença entre o primeiro amor e os demais é a falta de referência.
Entre a paz e a solidão é o tamanho do vazio.


A diferença entre o amor e o sexo são as horas depois.
Entre a segurança e a fragilidade é o tamanho da vulnerabilidade.


A diferença entre o que pensa e o que de fato é, está em como age.
Entre a conquista e a impertinência é a abordagem.


A diferença entre os volúveis e os sensatos é a crítica.


A diferença entre o santo e o pecado é o julgamento.


Entre o proibido e o permitido é a existência de testemunhas.


Entre a satisfação e a decepção é a expectativa.


Entre o apaixonado e o poeta é a constância.


A diferença entre tudo e o resto é a essencialidade.


E a ironia que dá graça à história, é que tudo o que nos diferencia acaba por nos tornar iguais.
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