quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Metamorfoses

Uma das minhas frases de efeito, geralmente usada quando sofria uma crítica ou elogio era “Sei bem a medida do que eu sou”. Pois, não é que cheguei à conclusão de que definitivamente não sei a minha real medida. Se é que temos uma. Tudo bem, somos seres em constante transformação.
Nossos limites, valores, vontades, angústias mudam tão rápido que não raro estamos desatualizados do nosso próprio “sistema”. Muitas pessoas passam a vida inteira sem se questionar isso, talvez sejam até mais felizes. Ignorar as coisas ou não questionar é cômodo, porém nos priva da oportunidade de sentir a prazerosa e reconfortante sensação de passar no seu próprio teste. Na verdade nem digo passar, porque até hoje nunca passei no meu teste, isso que os critérios e nível de dificuldade que me imponho são bem razoáveis. Mas só o fato de me auto-avaliar, da forma menos tendenciosa possível, já é um grande fator de crescimento e, conseqüentemente, é muito proveitoso.
Certo dia um amigo me perguntou se eu aceitava melhor as críticas ou elogios. Respondi críticas. Menti. Menti conscientemente. Eu sabia que aceitava melhor elogios. Mesmo sabendo que muitas vezes não os merecia (eu sabia minha real medida), agradecia ou desdenhava, porém aceitava sem grandes reflexões ou refutação. Agora, se essa pergunta me fosse feita novamente, a resposta seria a mesma mas, dessa vez, seria verdadeira. Incrível como a minha forma de reconhecer meus defeitos mudou. Aceito as críticas que me fazem e geralmente sou merecedora delas (apesar de não saber mais minha real medida). Confesso que, mesmo de cara torta, tento me corrigir. Isso é um grande progresso.
Tudo o que pára, atrofia. Não vou nadar contra a corrente, vou mudar também, afinal, somos seres em constante construção, reconstrução e, dizem alguns, destruição. Vai saber... eu não ouso mais classificar quem eu sou.

Um comentário:

Fábio Raimundi disse...

Olá Fabrine!

Também gostei do teu blog e, primeiramente, quero lhe saudar com boas-vindas a comunidade blogueira!

À propósito, o título do teu blog é muito curioso, daí pergunto: estás te exilando voluntariamente do que? De ti, do mundo ou das pessoas? Você me fez pensar um bocado...

Quanto ao nossos limites, realmente concordo que não os conhecemos e á a vida que vai nos apresentando a eles conforme as situações que vivenciamos.

No mais, também vou ser sincero contigo. Nunca procurei por perfis então não sei bem como funciona, nem sei se é possível. acho que a melhor forma é navegando e seguindo links interessantes, mapeando os blogs.

De qualquer forma, vou recomendar teu blog e te visitar quando possível (às vezes roubo palavras. Mas sou honesto e declaro meu crime publicamente).

No que puder ajudar, conte comigo.

Carpem diem!

Fábio
www.fragmentosdoself.blogspot.com